06/03/2013 - 12h11
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Paleontólogos canadenses descobriram fósseis de um camelo gigante que percorria a região do Ártico há cerca de 3 milhões de anos, quando a região era mais quente do que hoje e coberta por uma floresta boreal. A descoberta, publicada na revista científica "Nature Communications" sugere que os camelos modernos provavelmente descendem de um ancestral que habitava regiões frias do globo.
| Julius Csotonyi | ||
 | ||
| Concepcao artistica de camelos numa floresta boreal |
O time de cientistas liderado por Natalia Rybczynski, do Museu Canadense de Natureza, encontrou aproximadamente 30 fragmentos da tíbia de um camelo na ilha de Ellesmere no Ártico canadense. Os pesquisadores estimam que a perna do animal era 29% maior que um camelo moderno. Sua altura foi estimada em 2,7 metros e seu peso, 900 quilos.
"Este é um descobrimento importante porque representa a primeira evidência de camelos na região do alto Ártico", disse Rybczynski. "Algumas características 'dos camelos modernos, como seus pés largos e planos, seus grandes olhos e suas corcovas de gordura, podem ser adaptações derivadas da vida em uma região polar."
Segundo os cientistas, a confirmação de que os fósseis eram de um camelo foi um desafio. Eles recorreram a uma nova técnica, denominada 'traço de colágeno', que permite determinar o perfil de colágeno nos ossos.
Os dados anatômicos dos fósseis, junto com a comparação de seu perfil de colágeno com o de 37 mamíferos atuais e com o do camelo gigante de Yukon (noroeste do Canadá) - o antecessor dos camelos modernos - que se encontra no Museu de Natureza Canadense, confirmaram que os fósseis da ilha de Ellesmere pertencem a um camelo.
| Martin Lipman/Divulgação/Canadian Museum of Nature | ||
 | ||
| Pedacos da tibia do camelo encontrado na ilha de Ellesmere FONTE: Folha.com/Ciência |
Nenhum comentário:
Postar um comentário