sábado, 16 de fevereiro de 2013

METEORITO QUE CAIU NA RÚSSIA CAUSOU DANOS DE U$ 30 MILHÕES E DEIXOU CERCA DE 1 200 FERIDOS ( Informativo Mundial )

16/02/2013 - 09h05

Meteorito que caiu na Rússia causou danos de US$ 30 milhões

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As autoridades da região de Chelyabinsk, nos Montes Urais, calculam em mais de US$ 30 milhões os danos materiais causados pela queda do meteorito que nesta sexta-feira deixou mais de 1.000 feridos.

"Ao redor de 100 mil proprietários de imóveis foram afetados. Os danos chegam a mais de 1 bilhão de rublos (US$ 30 milhões)", disse o governador da região, Mikhail Yurevich, em entrevista coletiva.
Yurevich acrescentou que 30% das janelas quebradas pela onda explosiva do meteorito já foram reparadas, e o restante será consertado durante a próxima semana.

Editoria de Arte/Folhapress
O governador precisou que o edifício mais danificado foi o Palácio de Gelo A Rajada de Chelyabinsk, cuja armação e três vigas horizontais ficaram deformadas.
O meteorito caiu ontem a 80 quilômetros da cidade de Satka, no distrito de mesmo nome, por volta das 9h20 locais, mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república asiática do Cazaquistão.
Até o momento, as autoridades locais informaram que 1.100 pessoas foram feridas, em sua maioria devido à ruptura de vidraças.
Segundo especialistas, este é o maior objeto a atingir a Terra em um século. O último havia sido em 1908 no lago Tunguska, na Sibéria, quando um objeto de 100 metros explodiu sobre a região.
Estima-se que o objeto pesasse 7.000 toneladas antes de se partir na atmosfera.
"Estava sentado trabalhando e a janela estava levantada. Em segundos foi como se a cidade inteira tivesse sido iluminada. Olhei para fora e vi uma grande mancha brilhante no céu que durou dois, três minutos e então os cachorros começaram a uivar", disse um homem identificado como Artyom que falou à rádio Moscou FM.
Tcheliabinsk tem pouco mais de 1 milhão de habitantes e fica cerca de 1.500 km a leste de Moscou. A região tem forte presença de indústria bélica, inclusive com produção de armas nucleares. Não há informações de vazamento de radiação, segundo fontes do governo.
COINCIDÊNCIA
Apesar da coincidência, a queda do meteoro na Rússia e a passagem "de raspão" de um asteroide pela Terra ontem não são eventos relacionados, segundo especialistas.
"É literalmente uma coincidência cósmica", afirmou Alan Fitzsimmons, do Centro de Pesquisa de Astrofísica da Queen's University, em Belfast (Irlanda do Norte), à BBC.
"O asteroide vai do sul para o norte; o meteoro não estava nessa trajetória, e a separação de tempo entre a passagem dos dois é significativa", afirmou Don Yeomans, da Nasa, chefe do departamento de Objetos Próximos da Terra.

Meteorito cai na Rússia

Oleg Kargopolov/AFP
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Chuva de meteoros deixou uma cratera de seis metros no meio do gelo, na região de Chelyabinsk, no centro da Rússia
O asteroide 2012 DA14 chegou à sua distância mínima da Terra às 17h25 de ontem no horário de Brasília, enquanto que o meteoro foi visto ainda de madrugada.
Na opinião de Daniela Lazzaro, chefe do projeto Impacton do Observatório Nacional, que monitora asteroides e outros objetos espaciais potencialmente perigosos, essas são evidência fortes de que esses eventos não foram relacionados.
Ela ressalta que fenômenos como esse são bastante comuns. "A maioria cai no mar ou em zonas desabitadas, e ninguém acaba se ferindo."
ONDA DE CHOQUE
Segundo a pesquisadora, é preciso destacar que as pessoas não foram feridas por fragmentos do objeto em si, mas pelas efeitos causados pela queda.
"É como se fosse a explosão de uma bomba. Os destroços, os vidros é que acabaram ferindo as pessoas. É muito difícil que tenha sobrado algum fragmento para ferir alguém", diz ela.
A entrada do meteoro na atmosfera foi capturada por diversas câmeras de vigilância que ficam nos painéis dos carros russos.
Os motoristas do país usam as câmeras nos veículos para obter provas para reclamar o seguro de acidentes, num país em que más estradas, tempo extremo e motoristas alcoolizados produzem altas taxas de acidentes. 

FONTE: Folha.com/Mundo

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