quarta-feira, 20 de abril de 2011

POVOS INDÍGENAS ( Aruaques/América do Sul e Central )


Aruaques


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Arauaques)



Mulher arawak usando kweyou, espécie de tanga tecida com sementes, adornos, destacando-se uma placa de prata no nariz (gravura de 1839, por P.J. Benoît).

Aruaques são os numerosos grupos indígenas da América, dentre os quais os Kali'na ou Caraíbas, cujas línguas pertencem à família linguística aruaque (de arawak, "comedor de farinha"). São encontrados em diferentes partes da América do Sul - Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Venezuela e, outrora, também das Antilhas.

No tronco linguístico arawak (arahuaco em espanhol; aportuguesado como aruaque) estão catalogadas 74 línguas de vários outros povos indígenas do Brasil, dentre as quais os Tariana, Palikur, Baniwa e Yawalapiti.

No fim do século XV, os arawaks encontravam-se dispersos pela Amazônia, nas Antilhas, Bahamas, na Flórida e nos contrafortes da Cordilheira dos Andes. Os grupos mais conhecidos são os Tainos, que viviam principalmente na ilha de Hispaniola, em Porto Rico e na parte oriental de Cuba. Os que povoavam as Bahamas foram chamados lucaianos (lukku-cairi ou "povo da ilha").

Trata-se de populações neolíticas praticantes da agricultura, da pesca e da coleta. Produziam também uma cerâmica extremamente rica em adornos e pinturas brancas, negras e amarelas. As populações ameríndias das Antilhas não conheciam a escrita.

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[editar] Contato com os europeus e genocídio


Os arawak foram os primeiros ameríndios a ter contato com os europeus. Quando Cristóvão Colombo chegou às Bahamas, o navio atraiu a atenção dos nativos que, maravilhados, foram ao encontro dos visitantes, a nado. Quando Colombo e seus marinheiros desembarcaram, armados com suas espadas e falando uma língua estranha, os arawak lhes trouxeram comida, água e presentes. Mais tarde, Colombo escreverá em seu diário de bordo:
Eles nos trouxeram papagaios, trouxas de algodão, lanças e muitas outras coisas que trocaram por contas de vidro e guizos. Trocavam de bom coração tudo o que possuíam. Eram bem constituídos, com corpos harmoniosos e feições graciosas. [...] Não usavam armas, que não conheciam , pois quando lhes mostrei uma espada, tomaram-na pela lâmina e se cortaram, por ignorância. Não conheciam o ferro. As lanças são feitas de cana. Dariam bons criados. Com cinquenta homens, poder-se-ia submeter todos eles e fazer deles o que se quisesse.

Colombo, fascinado por essa gente tão hospitaleira, escreverá ainda:
Desde que cheguei às Índias, na primeira ilha que encontrei, peguei alguns indígenas à força para que eles aprendam e possam me dar informações sobre tudo o que poderíamos encontrar nestas regiões
[1]

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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