terça-feira, 4 de janeiro de 2011

GRANDES AGLOMERAÇÕES URBANAS DO PLANETA TERRA ( Cidade de São Paulo/BRASIL ) " Parte 4"

Indicadores socioeconômicos


Mapa dos distritos de São Paulo por índice de desenvolvimento humano, de acordo com o Atlas de Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo - Atlas Municipal, em 2007.
São Paulo possui um IDH elevado (0,841), o décimo oitavo maior do estado. Porém a distribuição do desenvolvimento humano na cidade não é homogênea. Os distritos mais centrais em geral apresentam IDH superior a 0,900, gradualmente diminuindo à medida que se afasta do centro, até chegar a valores inferiores a 0,800 nos limites do município. Isto se deve a questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público.[61] As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município, mais desprovidas de infraestrutura.
O IDH estabelece três critérios para avaliação: o índice de educação, longevidade e renda. O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) [62] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográficoIBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.[63][64] Os melhores distritos classificados pelo IDH em educação são Moema, Jardim Paulista e Pinheiros, os piores são Marsilac, Jardim Ângela e Grajaú. a marca de 0,919 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do do
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre as capitais brasileiras.[65] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.[66] Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.[67]
No fator renda estabelecido pelo IDH, 11 dos 96 distritos apresentam a maior classificação (1,000), enquanto 14 estão no grupo dos níveis médios, abaixo de 0,700. Em longevidade os distritos de Pinheiros, Moema e Perdizes lideram a lista e os piores colocados foram Marsilac, Parelheiros e Lajeado.
Pelo Índice de Gini, que mede a desigualdade social, os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de 200 indicadores socioeconômicos da capital.
Um ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na 117ª posição entre 221 cidades e na terceira posição entre as três cidades brasileiras do ranking. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a cidade na 148ª posição.[68][69]

DP do Carandiru, uma das cinco melhores delegacias do mundo e a melhor da América Latina.[70]

[editar] Criminalidade

A cidade de São Paulo ocupa a 493ª posição na lista das cidades mais violentas do Brasil. Entre as capitais, é a quarta menos violenta, registrando, em 2006, índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas e Natal.[71][72] A taxa de homicídios na capital paulista (23,7)[71] também é substancialmente menor que a de outras metrópoles como Recife (90,9), Curitiba (49,3) e Belo Horizonte (49,2),[71] e inferior à do Rio de Janeiro[71] Índices de criminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos.[73] O número de assassinatos em 2007 foi 63% mais baixo do que em 1999.[74] Em uma pesquisa sobre o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgada em 2009, São Paulo ficou no 151º lugar entre 267 cidades com mais de cem mil habitantes.[75] Em novembro de 2009, o Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram uma pesquisa que apontou a São Paulo como a capital brasileira mais segura para jovens.[76] Em 2010, no entanto, o número de homicídios com intenção de matar subiu 23% em relação a 2009, de 376 homicídios entre janeiro e março contra 305 no mesmo período do ano passado. Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado, o crescimento acontece depois de uma queda histórica de 70% nos índices de homícidio na cidade, desde 2000. Para o governo do estado, a variação positiva é apenas uma oscilação nos números.[77] (37,7).


Ocorrências de homicídios dolosos por ano.[73]

[editar] Política municipal

O Poder Executivo da cidade de São Paulo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do Município e o atual Plano Diretor da cidade, porém, determinam que a administração pública deva garantir à populaçãodemocracia participativa, o que faz com que a cidade seja dividida em subprefeituras, cada uma delas liderada por um subprefeito nomeado pelo prefeito.[78] ferramentas efetivas de manifestação da
O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 55 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[79] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada. A atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade: Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA); da Informática (CMI); dos Deficientes Físicos (CMDP); da Educação (CME); da Habitação (CMH); do Meio Ambiente (CADES); da Saúde (CMS); do Turismo (COMTUR); dos Direitos Humanos (CMDH); da Cultura (CMC); da Assistência Social (COMAS) e das Drogas e Álcool (COMUDA).
Pertence também à prefeitura (ou é esta sócia majoritária em seus capitais sociais) uma série de empresas responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da economia de São Paulo:
Por ser a capital do estado de São Paulo, a cidade também é sede do Palácio dos Bandeirantes (Governo Estadual) e da Assembleia Legislativa.

[editar] Relações internacionais

As cidades-irmãs da cidade de São Paulo estão regulamentadas através da lei nº 14 471/2007[86]

[editar] Subdivisões

Localização População Área
Zona est. de 2008 em km²
Central' 328.597 31
Noroeste' 1.007.691 144
Norte ou Nordeste 1.181.582 152
Leste 1 1.212.099 140
Leste 2 1.342.924 68,8
Sudeste 1.494.770 128
Sul 2.346.913 607
Centro-Sul 715.910 74
Oeste 872.817 128
Cidade de São Paulo
10.940.311 1509
Fonte:[87]
O município de São Paulo está, administrativamente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos, sendo estes últimos, eventualmente, subdivididos em subdistritos (a designação "bairro", porém, não existe oficialmente, embora seja usualmente aplicada pela população). As subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição geográfica e história de ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.[78]
Cabem às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma, descentralizando alguns serviços rotineiros.[78]
A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão de duas subprefeituras em uma avenida importante). Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a percepção socioespacial que a população local tem dos lugares: há regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição, contiguidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de forma ampla, pode levar a uma não identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.
Além da divisão política, há também uma divisão em nove zonas geográficas, cada uma delas representada por cores diferentes nas placas de ruas e na cor dos ônibus que circulam na região. Essas regiões são estabelecidas radialmente, usando apenas critérios topográficos, e, salvo algumas exceções, não têm uma homogeneidade urbana, nem qualquer distinção administrativa, com exceção do centro histórico e do centro expandido, onde vigora o rodízio municipal.[88]
Subprefeituras
Subprefeitura Área População Subprefeitura Área População
1 Aricanduva 21,5 km² 266 838 Mapa sp.svg 17 Mooca 35,2 km² 305 436
2 Butantã 56,1 km² 345 943 18 Parelheiros 353,5 km² 110 909
3 Campo Limpo 36,7 km² 508 607 19 Penha 42,8 km² 472 247
4 Capela do Socorro 134,2 km² 561 071 20 Perus 57,2 km² 109 218
5 Casa Verde 26,7 km² 313 176 21 Pinheiros 31,7 km² 270 798
6 Cidade Ademar 30,7 km² 370 759 22 Pirituba 54,7 km² 390 083
7 Cidade Tiradentes 15 km² 248 762 23 26,2 km² 373 160
8 Ermelino Matarazzo 15,1 km² 204 315 24 Santana 34,7 km² 327 279
9 Freguesia do Ó 31,5 km² 391 403 25 Tremembé 64,1 km² 255 435
10 Guaianases 17,8 km² 283 162 26 Santo Amaro 37,5 km² 217 280
11 Ipiranga 37,5 km² 427 585 27 São Mateus 45,8 km² 422 199
12 Itaim Paulista/Vila Curuçá 21,7 km² 358 888 28 São Miguel Paulista 24,3 km² 377 540
13 Itaquera 54,3 km² 488 327 29 Vila Maria 26,4 km² 302 899
14 Jabaquara 14,1 km² 214 200 30 Vila Mariana 26,5 km² 311 019
15 Lapa 40,1 km² 270 102 31 Vila Prudente 33,3 km² 523 138
16 M'Boi Mirim 62,1 km² 480 823
Fonte:[89]

[editar] Economia


Rua Oscar Freire na região dos Jardins, eleita uma das 8 ruas mais luxuosas do planeta.[90]
São Paulo possui o maior PIB dentre as cidades brasileiras, o 10º maior do mundo e, segundo projeção da PricewaterhouseCoopers, será o 6º maior em 2025.[10] Segundo dados do IBGE, em 2005 seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de R$ 263 177 148 000,00, o que equivale a aproximadamente 12,26% do PIB brasileiro[91] e 36% de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo.
Sua região metropolitana possui um PIB de aproximadamente R$ 416,5 bilhões, o que corresponde a 57,3% de todo o PIB paulista.[92] Segundo dados do IBGE, a rede urbana de influência exercida pela cidade no resto do país abrange 28% da população e 40,5% do PIB brasileiro.[93]
A renda média domiciliar per capita dos moradores de São Paulo era de R$ 816,40 em 2008, o que posiciona a cidade na oitava colocação no ranking das capitais brasileiras, atrás de Florianópolis, Porto Alegre, Vitória, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.[94]
Um dos maiores centros financeiros do Brasil e do mundo, São Paulo passa hoje por uma transformação em sua economia. Durante muito tempo a indústria constituiu uma atividade econômica bastante presente na cidade, porém São Paulo tem atravessado nas últimas três décadas uma clara mudança em seu perfil econômico: de uma cidade com forte caráter industrial, o município tem cada vez mais assumido um papel de cidade terciária, pólo de serviços e negócios para o país. Em São Paulo, por exemplo, está sediada a BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), a bolsa oficial do Brasil. A BMF&Bovespa é a maior bolsa de valores do continente americano e a segunda maior do mundo, ambos em valor de mercado.[95][96]
O município tem alguns centros financeiros espalhados por seu território, sendo o principal e mais famoso deles a avenida Paulista, que abriga sedes de bancos, multinacionais, hotéis, consulados e se impõe como um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade. O centro da cidade, que apesar de ter sido ofuscado pelas centralidades econômicas mais recentes, abriga a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), diversas empresas e hotéis. Contudo, existem outras centralidades no chamado vetor sudoeste, como a avenida Brigadeiro Faria Lima e os bairros do Brooklin e Vila Olímpia, na região oeste da cidade, que se destacam por sua intensa e moderna verticalização, pela presença de hotéis de luxo e empresasmultinacionais.[97]
Muitos analistas também têm apontado São Paulo como uma importante "cidade global" (ou "metrópole global", classificação dividida apenas com o Rio de Janeiro entre as cidades brasileiras[98]). Como cidade global, São Paulo tem acesso às principais rotas aeroviárias mundiais, às principais redes de informação, assim como sedia filiais de empresas transnacionais de importância global, além de importantes instituições financeiras, mesmo estando conectada marginalmente aos fluxos transnacionais de pessoas, investimentos e empregos.[99]
O urbanista João Sette Whitaker Ferreira, entretanto, considera que a desigualdade social e a segregação espacial descaracterizam São Paulo como uma cidade global.[100] Apesar de ser o centro financeiro do país, São Paulo apresenta também alto índice de negócios ligados à economia informal.[101]2001 da prefeitura do município,[102]linha de pobreza. Neste mesmo cenário, segundo dados de cerca de 10% dos paulistanos vivia abaixo da
A cidade de São Paulo também tem se consolidado em um polo de comércio de produtos contrabandeados, pirateados e falsificados,[103] em geral localizados em alguns pontos do centro da cidade como a Rua 25 de Março, a rua Santa Ifigênia e áreas próximas a estações de metrô. Os artigos em geral são CDssoftwares, filmes ou álbuns em CD e DVD,[104] ou então acessórios e itens de vestuário, principalmente mochilas e tênis de marcas internacionais, entre outros artigos. Nos últimos anos, porém, tem crescido a apreensão desses artigos pirateados.[105] com versões piratas de

[editar] Turismo


Parque IbirapueraNatal. decorado para o
São Paulo destaca-se mais como uma cidade marcada pelo turismo de negócioshotéis cujo público-alvo é o corporativo estão instaladas na cidade e possuem filiais espalhadas em várias das suas centralidades. Toda a infraestrutura para eventos da cidade faz com que ela seja sede de 120 das 160 principais feiras do país (SP Turis). Dentre as principais, estão o Salão do Automóvel de São Paulo, a Couromoda e a Francal, entre outras. que pelo turismo recreativo. Grandes redes de
A cidade ainda promove uma das mais importantes semanas de moda do mundo, a São Paulo Fashion Week, sendo um dos principais centros geradores de tendências em moda.[106]
O turismo cultural também possui relevância para a cidade, especialmente quando se têm em vista os vários eventos internacionais que ocorrem na metrópole, como a Bienal de Artes de São Paulo e os vários shows de celebridades estrangeiras que, quando se apresentam no Brasil, escolhem poucas metrópoles.
A cidade possui inúmeras atividades culturais e uma vida noturna que é considerada umas das melhores do país. Há diversos cinemas, teatros, museuscentros culturais, alguns atendendo a parcela de maior poder aquisitivo, outros contemplando mais o público popular, o que leva muitos a dizerem que "sempre há um programa para se fazer em São Paulo". A rua Oscar Freire, de acordo com a Mystery Shopping International, foi eleita uma das oito ruas mais luxuosas do mundo,[90] e São Paulo, a 25ª "cidade mais cara" do planeta.[107] e
De acordo com a International Congress & Convention Association (ICCA), São Paulo ocupa o primeiro lugar entre as cidades que mais recebem eventos internacionais no Continente Americano e a 12ª posição no mundo, depois de Viena, Paris, Barcelona, Singapura, Berlim, Budapeste, Amsterdã, Estocolmo, Seul, Lisboa e Copenhague.[108]
A diversidade de povos e culturas que construiram a cidade faz também com que a rica gastronomia da região seja por si só um grande atrativo turístico. Essa afirmação pode ser comprovada através da ampla variedade gastronômica da cidade, que abrange mais de 50 tipos de culinária. Durante o 10º Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo (CIHAT) realizado em 1997, a cidade recebeu o título de "Capital Mundial da Gastronomia" de uma comissão formada por representantes de 43 nações.[109]

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