quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ESTADOS BRASILEIROS ( Paraíba/Região Nordeste-BRASIL ) "Parte 2"

Geografia

Possui clima tropical úmido no litoral, com chuvas abundantes. À medida que se desloca para o interior, depois da Serra da Borborema, o clima torna-se semi-árido e sujeito a estiagens prolongadas e precipitações abaixo dos 500mm. As temperaturas médias anuais ultrapassam os 26 ℃, com algumas exceções no Planalto da Borborema, onde a temperatura média é de 24 ℃.

[editar] Relevo


Imagem de satélite do relevo da Paraíba.
A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes, e bastante antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos.
Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e paleontológicos, também resultam da idade geológica desses terrenos.
  • No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas.
  • Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados por acúmulos de terras que descem de lugares altos.

Pedra da Boca de Araruna
O Planalto da Borborema ou Chapada da Borborema é o mais marcante acidente do relevo do estado. Na Paraíba ele tem um papel fundamental no conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros de altitude.
A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, com uma altitude média de 700 metros, onde se encontra o ponto culminante da Paraíba, a saliência do Pico do Jabre, que tem uma altitude de 1.197 metros acima do nível do mar, e fica localizado no município de Matureia.

[editar] Hidrografia

Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois setores, Rios LitorâneosRios Sertanejos. e
Rios Litorâneos - são rios que nascem na Serra da Borborema e vão em busca do litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico. Entre estes tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba, que nasce no alto da Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água e o maior rio do estado. Também podemos destacar outros rios, como o Rio Curimataú e o Rio Mamanguape.
Rios Sertanejos - são rios que vão em direção ao norte em busca de terras baixas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte. O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que nasce na Serra de Bongá, perto da divisa com o estado do Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois através desse rio é feita a irrigação de grandes extensões de terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe, Rio Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas. Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico Nordeste Oriental e apenas os rios que nascem na Serra da Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios são temporários e correm em direção ao norte, desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.

[editar] Vegetação


Vista da Pedra do Cordeiro município de Belém.
A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta, matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás e mangabeiras. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivoxique-xique e o mandacaru. representado, entre outras espécies pelo

[editar] Demografia

Demografia da Paraíba
Ficha técnica
População 3.769.977 (2009).
Densidade 64,52 hab./km² (2007).
Crescimento demográfico 0,8% ao ano (1991-2000).
População urbana 71,1% (2000).
Domicílios 849.378 (2000).
Carência habitacional 139.257 (est. 2000).
Acesso à água 68,8% (2000)
Acesso à rede de esgoto 39% (2000).
IDH (2005) 0,718 - médio
Número de Municípios 223.[5]
Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba contava em 2009 com uma população é de 3.769.977, correspondente a 1,9% da população nacional, sendo a Paraíba uma das unidades da federação de menor superfície. Um censo de 2000, diz que a população urbana da Paraíba é de 71,1%. A densidade demográfica estadual é de 64,52 hab./km². A população da Paraíba é em sua maioria são Pardos, somando 52,29%, seguido pelos Brancos, com 42,59%; Pelos Negros, com 3,96%; Pelos Amarelos ou Indígenas, com 0,36% e os sem declaração, com 0,79%.

[editar] Etnias

Assim como o povo brasileiro, o paraibano é fruto de uma forte miscigenação entre o branco europeu, os índios locais e os negros africanos. Sendo assim, a população é essencialmente mestiça, e o paraibano médio é predominantemente fruto da forte mistura entre o europeu e o indígena, com alguma influência africana (os caboclos predominam entre os pardos, que representam em torno de 60% de toda população). A menor presença negra na composição étnica do povo deve-se ao fato de a cultura canavieira no estado não ter sido tão marcante como na Bahia, no Maranhão ou em Pernambuco, o que ocasionou a vinda de pouca mão-de-obra africana.
Cor/Raça Porcentagem[6]
Brancos 36,5%
Pardos 57,5%
Negros 5,8%
Amarelos ou Indígenas 0,1%
Apesar da forte mestiçagem do povo, há, contudo, ainda hoje, bolsões étnicos em várias microrregiões: como povos indígenas na Baía da Traição (em torno de 12 mil índios potiguaras), mais de uma dúzia de comunidades quilombolas florescendo em vários municípios do Litoral ao Sertão, e a parcela da população (em torno de um terço do total) de comprovável ascendência europeia, que vive principalmente nos grandes centros urbanos e nas cidades ao longo do Brejo e do Alto Sertão.
Entre os mestiços, os mulatos predominam no litoral centro-sul paraibano e no agreste, os caboclos em todo o interior e no litoral norte. Já os cafuzos são raros e dispersos. O Dia do Mestiço é data oficial no estado.[7]

[editar] Religião

Segundo censo do IBGE em 2000, dos 3.443 825 pesquisados no Estado da Paraíba, declararam-se segundo o credo:[8][9]

Convento de São Francisco, em João Pessoa.
Religião Praticantes
Católicos 2.897.900 pessoas
Protestantes 322.843 pessoas
Espíritas 12.804 pessoas
Religiões Afro-brasileiras 1.408 pessoas
Religiões Orientais 357 pessoas
Outras religiões 20.970 pessoas
Sem religião 180.671 pessoas
Não determinado 2.510 pessoas

[editar] Municípios mais populosos

A população paraibana concentra-se principalmente mais cidades de João Pessoa e Campina Grande, sendo que estas duas cidades juntas perfazem 40% da população do estado. Os municípios mais populosos são: João Pessoa, com 723.514 habitantes; Campina Grande, com 385.276 habitantes; Santa Rita, com 120.333 habitantes; Patos, com 100.695 habitantes; Bayeux, com 99.758 habitantes; Sousa com 65.807 habitantes; Cajazeiras, com 58.437 habitantes e Guarabira, com 55.340 habitantes.

[editar] Política

[editar] Símbolos oficiais

[editar] Bandeira


Bandeira da Paraíba.
A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da Lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). Ela foi idealizada nas cores vermelha e preta, sendo que o vermelho representa a cor da Aliança Liberal e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do estado em 1929 e candidato a vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado de Getúlio Vargas como candidato à Presidência. Para muitos, o vermelho significa sangue derivado da violência da morte de João Pessoa e o preto o luto por isso.
A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular (era ainda utilizado com acento agudo na letra "e", isto quando foi adotada a bandeira em 1930), remetendo à não-aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3.919, como "Bandeira do Négo" (ainda com acento agudo na letra "e"), em vigor até os dias atuais. A palavra Nego constitui um verbo negativo por natureza.
O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. A palavra Nego está posta sobre a cor vermelha.

[editar] Brasão de Armas


Brasão da Paraíba.
O Brasão da Paraíba foi oficializado pelo Presidente da Província da Paraíba, Castro Pinto (1912-1915). Ele é usado como timbre nos papéis oficiais. Observando-se seu desenho, vê-se que é formado por três ângulos na parte superior e um na parte inferior. Contém estrelas, que respeitam a divisão administrativa do Estado. No alto, uma estrela maior, com cinco pontas e um círculo central, onde se vê um barrete frígio significando liberdade.
No interior do escudo, há duas paisagens: um homem guiando o rebanho (sertão) e o sol nascente (litoral). Circundando-o, encontra-se uma ramagem de cana-de-açúcar à esquerda, e à direita, uma de algodão(agreste). As duas ramagens são presas por um laço, em cujas faixas está inscrita a data de fundação da Paraíba: 5 de agosto de 1585.

[editar] Hino

[editar] Subdivisões

Parte do bairro do Altiplano e a esquerda alguns bairros da zona leste de João Pessoa.
Parte do bairro do Altiplano e a esquerda alguns bairros da zona leste de João Pessoa.
O estado da Paraíba é dividido em quatro (4) mesorregiões, vinte e três (23) microrregiões e duzentos e vinte e três (223) municípios, segundo o IBGE.

[editar] Economia


Agricultura: Milho, fator econômico.
A economia se baseia na agricultura (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, caju, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão); na indústria (alimentícia, têxtil, couro, calçados, metalúrgica, sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais relevante, caprinos, na região do Cariri) e no turismo. O PIB do estado em 2007 foi de R$ 22.202.000.000,00.
O transporte marítimo é fundamental à economia paraibana. As exportações e importações são operadas principalmente através do Porto de Cabedelo.
As dez maiores economias da Paraíba - PIB dos principais municípios (Dados 2006 - fonte IBGE) (valores em R$ 1.000,00), são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde com 210.440

[editar] Cultura

[editar] Teatros

[editar] Theatro Santa Roza

O mais importante teatro da Paraíba se concentra em João Pessoa, é o Theatro Santa Roza, inaugurado em 3 de novembro de 1889, quando Francisco da Gama Rosa, um catarinense, era governador da Paraíba. O governante teve a sorte de inaugurar o teatro as vésperas de perder o mandato, já que doze dias depois seria proclamada a República.
Após a Proclamação da República, o primeiro governante republicano, Venâncio Neiva, chegou a mudar o nome do teatro para "Teatro do Estado". Este ato foi revogado. Outro ato governamental, foi que João Pessoa, candidato a vice-presidência na época, queria mudar a localização do teatro, pois considerava ali ser uma área já marginalizada. Ele foi assassinado antes de por em prática esse seu plano. Foi neste teatro, em uma assembleia, que formularam a bandeira da Paraíba, com suas cores preto e vermelho e o nome "nego" no centro. Foi também lá que em uma tumultuada sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba, que mudaram o nome da capital Paraíba, para João Pessoa, em homenagem ao então falecido presidente.
Em mais de 116 anos, o teatro já teve várias reformas, mas nenhuma mudou o seu estilo arquitetônico, que é o greco-romano, com revestimento interno de madeira, tipo Pinho de Riga.

[editar] Teatro Municipal Severino Cabral

Em Campina Grande o mais importante da cidade é o Teatro Municipal Severino Cabral, inaugurado no dia 30 de novembro de 1963, às 10 horas da manhã. Foi construído por Severino Bezerra Cabral, prefeito de Campina que lhe deu nome. Às 21 h do mesmo dia, apresentou-se o ator e humorista José Vasconcelos, bastante conhecido no rádio e da TV brasileira. Com a inauguração do Teatro Municipal, a região ganhou uma importante casa de espetáculos.
Durante suas quatro décadas, o teatro serviu a produções artísticas tanto da Paraíba, quanto da própria Campina Grande. O teatro se encontra no centro da cidade, na Avenida Floriano Peixoto, a principal avenida do Centro. Sua arquitetura moderna tem inegável importância história, artística e patrimonial, tendo sido palco de eventos nacionais e regionais. O prédio já passou por duas reformas, a primeira delas foi em 1975, durante a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz. A segunda durou em 24 de setembro de 1986 a 20 de abril de 1988, na gestão de Ronaldo Cunha Lima.
O prédio já passou por duas reformas. A primeira foi em 1975, durante a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz. A segunda durou em 24 de setembro de 1986 a 20 de abril de 1988, na gestão de Ronaldo Cunha Lima.

[editar] Outros Teatros

  • Teatro Ednaldo Egypto
  • Teatro Lima Penante
  • Teatro Paulo Pontes
  • Teatro Ariano Suassuna
  • Teatro de Arena
  • Teatro Cilaio Ribeiro
  • Teatro Rosil Cavalcante
  • Teatro Municipal Geraldo Alverga
  • Teatro Santa Catarina
  • Cine Teatro Gadelha
  • Teatro Santa Inês
  • Teatro Minerva
  • Teatro Íracles Pires
  • Teatro Elba Ramalho
  • Teatro Raul Prhyston

[editar] Museus

[editar] Museu de Artes Assis Chateaubriand

Um dos museus da Paraíba é o Museu de Artes Assis Chateaubriand, em Campina Grande, foi inaugurado em 20 de outubro de 1967 e funcionava inicialmente no prédio da reitoria da Fundação Universidade Regional do Nordeste - FURNe, atual Universidade Estadual da Paraíba. Em 1973 o museu foi transferido para o prédio da antiga cadeia, na Avenida Floriano Peixoto, atual Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande. Somente no ano de 1976 foi que passou a ocupar seu espaço atual, dentro da área do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo).
O edifício da reitoria da UEPB, onde funcionou o museu até 1973, foi restaurado em 1997, onde criou-se a Galeria de Arte com o objetivo de expor ao público as obras da fase de instalação do museu, restauradas. Mais de 90 quadros foram trazidos pelo jornalista Assis Chateaubriand para a cidade, de diversos artistas, dentre os quais: Pedro Américo, Cândido Portinari, Anita Malfatti, Ismael Nery e Antônio Dias.
Parte do Açude Velho em Campina Grande.
Parte do Açude Velho em Campina Grande.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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