segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ( Grutas de Juxtlahuac/México-AMÉRICA DO NORTE))

Grutas de Juxtlahuaca

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Grutas de Juxtlahuaca em relação a outros sítios arqueológicos do pré-clássico.
As grutas de Juxtlahuaca localizam-se no estado mexicano de Guerrero. Trata-se de um sítio arqueológico que alberga pinturas rupestres relacionadas com a iconografia olmeca. Em conjunto com a gruta de Oxtotitlán, situada também no estado de Guerrero, as grutas de Juxtlahuaca constituem um dos mais antigos exemplares de actividade pictórica sofisticada conhecidos na Mesoamérica até ao momento[1] e também o único exemplo mesoamericano de pintura rupestre em cavernas profundas que não se encontra na área maia.[2] As grutas de Juxtlahuaca localizam-se várias centenas de quilómetros para sudoeste da área nuclear olmeca.

Índice

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[editar] As grutas

Esboço da Pintura 1 das grutas de Juxtlahuaca
As grutas de Juxtlahuaca situam-se 52 km a sudeste de Chilpancingo de los Bravo (capital de Guerrero), numa área declarada como parque natural. O sistema de grutas tem um comprimento aproximado de 5 km. Trata-se de um destino bastante popular entre os espeleólogos mexicanos. O local encontra-se aberto ao público, mas só pode ser acedido com o acompanhamento de um guia.
As pinturas que tornaram este sítio famoso encontram-se a uma profundidade estimada de 1 km a partir da superfície. O acesso à galeria é difícil, podendo ser necessárias duas horas para aí chegar. Algumas secções dos acessos que conduzem ao sítio encontram-se parcialmente inundadas devido à infiltração de água.

[editar] As pinturas

O jaguar vermelho
A serpente emplumada
A mais conhecida das pinturas de Juxtlahuaca é a pintura 1. Representa um homem com uma grande capa negra e um toucado elaborado. Os seus braços e pernas encontram-se cobertos por uma pele de jaguar, sendo possível observar que atrás dele pende a cauda do animal. O personagem brande um tridente em direcção a uma figura muito mais pequena que se encontra aninhada e que porta um objecto que se assemelha a uma serpente.
Esta cena tem uma altura de 2 metros, e é um dos poucos exemplos de representações iconográficas de dominação de um homem sobre outro que se conhecem da cultura olmeca. .[3] Alguns investigadores consideram que a pintura 1 de Juxtlahuaca representa uma cena de sacrifício humano.[4]
Em Juxtlahuaca encontra-se também a representação de uma serpente com plumas verdes, próxima de um jaguar vermelho com orelhas e olhos grandes que lhe dão uma aparência jovial. Este desenho, interpretado como sendo um cenário cerimonial, foi descoberto numa estalagmite.[5]
As primeiras referências às grutas remontam à década de 1920. Em 1958 o governo do estado de Guerrero ordenou uma primeira exploração das galerias que ficou a cargo de Andrés Ortega Casarrubias. No entanto, as primeiras investigações profissionais feitas em Juxtlahuaca realizaram-se na década de 1960, a cargo de Gillett Griffin da Universidade de Princeton e Carlo T. E. Gay, um empresário italiano. Michael D. Coe calculou que as pinturas podiam ser datadas como pertencendo ao período pré-clássico médio (1200-900 a.C.).[4]
As grutas de Juxtlahuaca não se encontram associadas a nenhum povoado, pelo menos até onde se conseguiu apurar dos estudos arqueológicos. A localização do sítio coloca questões de difícil resposta , especialmente no que toca ao papel desempenhado por este e outros sítios de Guerrero no desenvolvimento da cultura olmeca. Por muito tempo, pensou-se que os olmecas haviam sido um grupo étnico que habitou apenas a região olmeca, mas à medida que se avançou com o conhecimento da história mesoamericana, alguns autores propuseram que aquilo que designamos de cultura olmeca não é fruto de um só povo, mas dos vários grupos mesoamericanos dessa época.[6]La Venta (área do golfo do México) contêm representações de personagens que emergem de cavernas. O mesmo ocorre com o mais conhecido dos monumentos de Chalcatzingo, (vale de Morelos, a norte de Guerrero As grutas são um elemento importante em muitas obras iconográficas do estilo olmeca, encontradas em vários locais da Mesoamérica. Vários altares de


FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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