quinta-feira, 8 de julho de 2010

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ( Tiwanaku/ BOLÍVIA- América do Sul)

Tiwanaku

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Pix.gif Centro Espiritual e Político da Cultura Tiwanaku
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Património MundialUNESCO
Tiwanaku1.jpg
Estela no pátio afundado do templo Kalasasaya
Informações
Inscrição: 2000
Localização: 16° 33′ S 68° 40′ W
Critérios: (iii)(iv)
Descrição UNESCO: fr en
Tiwanaku (também grafado Tiahuanaco and Tiahuanacu) é um importante sítio arqueológico pré-colombiano situado na Bolívia. Estudiosos das culturas andinas classificam esta civilização como os mais importantes precursores do império Inca, florescendo como a capital administrativa e ritualística de um grande poder regional por mais de cinco séculos. As ruínas da cidade estado ancestral se localizam próximo à margem sudeste do lago Titicaca, no departamento La Paz, província Ingavi, município Tiwanaku, cerca de 72 km oeste de La Paz. O sítio foi primeiro registrado pelo conquistador espanhol Pedro Cieza de León. Leon deparou-se com os restos de Tiwanaku em 1549Collasuyu.[1] enquanto buscava a capital inca
Alguns especulam que o nome moderno "Tiwanaku" é relacionado ao termo Aymara term taypiqala, que significa "pedra no meio", em alusão a crença de que ficaria no centro do mundo.[2] Entretanto, o nome pelo qual Tiwanaku era conhecida pelos seus habitantes se perdeu, uma vez que esse povo não deixou linguagem escrita.[3][4]

Índice

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[editar] Cultura

A área da civilização Tiwanaku (em azul)
A área ao redor de Tiwanaku pode ter sido habitada já desde 1500 AC como uma pequena vila agrícola.[5] A maior parte da pesquisa, entretanto, se concentra nos períodos Tiwanaku IV e V, entre 300 DC e 1000 DC, período no qual Tiwanaku cresceu muito em poder e influência. Entre 300 AC e 300 DC acredita-se que Tiwanaku era um centro moral e cosmológico ao qual muitos faziam peregrinações. As ideias de prestígio cosmológico são os precursores do poderoso império Tiwanaku.[1]
A cidade cobriu uma extensão máxima de seis quilômetros quadrados e teve no apogeu estimados quarenta mil habitantes. Seu estilo de cerâmica sem igual é encontrado numa vasta área que cobre a moderna Bolívia, Peru, o norte do Chile e a Argentina. No entanto, é difícil dizer se a presença desta cerâmica atesta o poder político desta civilização sobre esta área ou somente atesta sua influência cultural/comercial.
É considerada também uma cultura precursora das grandes construções megalíticas da América do Sul, cortando, entalhando ou esculpindo pedras pesando até cem toneladas, encaixando-as umas às outras com uma precisão e engenhosidade raramente encontradas mesmo na posterior arquitetura inca .
A Porta do Sol.
É evidente a originalidade do estilo da arte Tiwanaku, mas é perceptível alguma correlação com o estilo da cultura Huari, certo que ambas as culturas definem o período médio do horizonte das culturas pré-incaicas, parecendo que ambas foram precedidas pela cultura Paracas que floresceu na bacia norte do lago Titicaca. Alguns estudiosos afirmam ter encontrado laços com a influência cultural e artística da cultura Chimu.

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[editar] Arquitetura e arte

Ficheiro:Tiwanaku tenon head 20060613 0475.jpg
Detalhe de uma rocha entalhada com uma cabeça, encravada em uma parede de um templo semi-subterrâneo de Tiwanaku.
Receptáculo antropomórfico.
Muitas teorias para a arquitetura de Tiwanaku já foram propostas. Uma delas é que utilizavam uma medida chamada luk’a, um padrão de cerca de sessenta centímetros. Outra possibilidade é a proporção de Pitágoras. Esta idéia pressupõe certos triângulos a proporções de cinco para quatro para três utilizados nos portais para medir todo resto. Lastly Protzen e S. E. Nair levantaram a possibilidade que Tiwanaku tivesse um sistema para elementos individuais que dependia de contexto e composição. Isso se evidencia na construção de portais desde dimensões diminutas a tamanhos monumentais, provando que fatores de escala não atrapalharam a proporção. Com a adição de cada elemento, as peças individuais se deslocaram para encaixarem-se.[6]

[editar] Arqueologia

O sítio arqueológico de Tiwanaku encontra-se em mau estado de conservação, já tendo sofrido o saque de escavadores amadores à cata de preciosidades desde a queda da cidade. Esta destruição continuou no século XIX e início do século XX com ações como a redução das pedras monumentais em britas para a construção de ferrovia e o seu uso como alvo de tiro em exercício militar.
Embarcação Inca.
Outro problema para os arqueólogos é a falta de construções sobreviventes no sítio. Existem apenas fundações de construções públicas, não residenciais, com paredes mal reconstruídas. Os blocos polidos utilizados em muitas dessas estruturas eram feitos em grande escala com estilos similares, possivelmente de modo a poderem ser utilizados para vários propósitos. Durante o período de uso do local alguns prédios mudaram de função, causando a mistura de artefatos encontrados hoje.[6]
"Porta do Sol", Tiwanaku, desenhado por Ephraim Squier em 1877. A escala está exagerada neste desenho.
Paredes ao redor do templo Kalasasaya.
Estudos detalhados de Tiwanaku começaram em pequena escala no meio do século dezenove. Nos anos 1860s, Ephraim George Squier visitou as ruinas e posteriomente publicou mapas e desenhos feitos durante sua visita. O geologista alemão Alphons Stübel passou nove dias em Tiwanaku em 1876, criando um mapa do site baseado em cuidadosas medições. Ele também fez desenhos e impressões em papel dos entalhes e outras características arquitetônicas. Um livro contendo grande documentação fotográfica foi publicado em 1892 pelo engenheiro B. von Grumbkow. Com comentários do arqueólogo Max Uhle, este foi o primeiro estudo científico profundo das ruínas.
Esforços de restauração mal dirigidos também contribuíram para a descaracterização do sítio - nos anos 1960 uma tentativa de restauração resultou nas paredes da foto ao lado, em Kalasasaya. As pedras originais seriam mais semelhantes a locais como "Stonehenge", com espaçamento regular e posicionadas de pé. Infelizmente os responsáveis pela reconstrução decidiram deixar Kalasasaya dentro de paredes construidas por eles mesmos. Ironicamente esta reconstrução moderna é de qualidade muito aquém daquela que o povo de Tiwanaku era capaz. Vale notar também que a Porta do Sol, hoje em dia em Kalasasaya, foi movido em algum ponto do passado de sua localização original, agora desconhecida.
Escavações modernas e de acordo com princípios acadêmicos foram realizadas entre 1978 até os anos 1990 pelo antropologista Alan Kolata da Universidade de Chicago, e seu contraparte boliviano , Oswaldo Rivera. Dentre suas contribuições estão os suka kollus, datação mais acurada do crescimento e influência da civilização, e evidência de um colapso da civilização associado à seca.
Hoje o sítio de Tiwanaku é patrimônio da humanidade pela UNESCO, administrado pelo governo boliviano.

[editar] Trabalhos de restauração

Em 2009 um esforço de restauração patrocinado pelo Estado boliviano na pirâmide de Akapana foi paralisado, devido a uma reclamação da UNESCO. A restauração consistia em aplicação de adobe, apesar de não ser claro se o resultado traria a pirâmide a um estado próximo de sua condição original.[7][8]

[editar] Lukurmata

Lukurmata foi um importante sítio secundário próximo ao Lago Titicaca. Estabelecido quase dois mil anos atrás, cresceu até se tornar um grande centro cerimonial no Estado Tiwanaku, um regime que dominou a regiãoo centro-sul dos andes de 400 DC a 1200 DC. Após o Estado Tiwanaku colapsar, Lukurmata rapidamente declinou, transformando-se novamente em uma pequena vila. O sítio também dá sinais de extensa ocupação antes mesmo da civilização Tiwanakana.

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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